A força das palavras.
Na literatura sobre a história de Jesus, como homem judeu e revolucionário, há aqueles que dizem que as pregações atribuídas a Jesus Cristo eram cheias de palavras comumente usadas antes pelos judeus contemporâneos da época, e que ele não dizia nada de novo, mas as palavras repetidas por Jesus tinham uma força muito maior. Por exemplo: " Faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem", é similar ao velho provérbio judeu:"Não façais ao vizinho aquilo que vos é odioso" ; também esse provérbio,
"Sempre que és misericordioso, Deus é misericordioso contigo" , repetido por Jesus assim: "Bem aventurados os misericordiosos, pois alcançarão a misericórdia"; e outro: "Deus ama aquele que é puro de coração", e repetido por Jesus: "Bem aventurados os puros de coração, pois eles verão a Deus". Talvez Jesus não dissesse nada novo mas dizia melhor e com mais força.Daí o seu carisma que mudou o mundo.
Ou seja, não importa se você repete as palavras, como provérbios ou chavões, que já disseram antes. O importante é a força que você acrescenta a elas, no momento certo a que se destina. Há um provérbio conhecido por todos nós que diz, "A ociosidade é mãe de todos os vícios", isso pode constranger uma pessoa que esteja sem trabalho, muitas vezes por força das circunstância no momento, e não por ser um ocioso. (fato que está acontecendo no Brasil atual).
Melhor dizer como o poeta Gonzaguinha (1945/1991)na sua música:
"Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho"...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Aí as palavras ganham força especial de preleção.
Mas as palavras podem também ganhar força devastadora. Principalmente se usadas por pessoas carismáticas mal intencionadas. E, hoje em dia, com redes sociais e a moda de palestras, é preocupante.
Darcy Brito
Enviado por Darcy Brito em 26/02/2016
Alterado em 26/02/2016