Usando a metáfora do futebol.
O time era orientado pelo técnico e seus dirigentes para ganhar o jogo, usando os métodos implantados por eles. Só era contratado o jogador que concordasse com as regras. Também os juízes e seus assistentes tinham que seguir a cartilha. Para isso muito dinheiro rolava nesses acordos, o que incentivava a realização da tarefa. No campo, em disputa, acontecia de tudo, desde canela quebrada do adversário até gol feito com a mão, e, os apitos dos juízes e bandeiras de seus auxiliares , mesmo estando a poucos centímetros dos jogadores, não eram acionados. E não adiantavam protestos dos adversários ou xingamentos da torcida. A renda era compensadora, até mesmo para alguns torcedores fanáticos que ganhavam ingressos gratuitos e lanches, para irem à arena torcer a favor. Jogador adversário, quando se destacava, se via tentado a mudar de time, diante da oferta que recebiam dos poderosos. Mas, como a surpresa não avisa e o dinheiro cega, ninguém imaginava que um dia fosse surgir um juiz que, ao contrário dos outros, iria dá um basta em toda aquela situação de desmoralização que a nação de chuteira estava sofrendo. Distraídos nas mordomias em que se encontravam, seus dirigentes e técnicos se viram de repente estupefatos e ofendidos, quando o juiz começou a expulsar jogador infrator, no jogo em que estava comandando com seu apito exclusivo. O técnico tentou entrar em campo para protestar e foi expulso, o dirigente blasfemava, ameaçava tirar o apito da boca do árbitro, mas não tinha coragem de peitar um juiz que sabia tudo e enxergava longe. A torcida fanática xingava a mãe do juíz, os jogadores comprados, pensando no trato e na grana que poderiam perder, continuaram cometendo infrações. O juíz foi condenando um a um, e o Jogo foi suspenso. Agora, ovacionado pela maioria da platéia, e com a bola toda nas mãos, ele aguarda o próximo jogo.