Eles esqueceram que um dia também migraram fugindo
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O Parlamento húngaro aprovou nesta sexta-feira (04/09) uma série de leis para controlar o fluxo de migrantes que chegam ao país, dando mais autoridade à polícia e estabelecendo punições severas. A entrada ilegal na Hungria poderá resultar em até três anos de prisão.
Em 1933, de acordo com uma nota publicada no Délamerikai Magyar Hírlap (Periódico Húngaro da América do Sul) edição do dia 15 de junho, estimava-se que o número de imigrantes húngaros no Brasil era de 150.000, sendo 30.000 radicados em São Paulo. Os primeiros grupos de imigrantes húngaros começaram a chegar a partir de 1890. Vieram para buscar novas oportunidades, já que a conjuntura econômica na Monarquia Austro-Húngara não era muito favorável. Vieram também animados pelos incentivos oferecidos pelo governo brasileiro. Os imigrantes húngaros foram sempre acolhidos de forma muito amistosa pelo povo brasileiro.
O fim da Primeira Guerra Mundial também contribuiu com a imigração: com o tratado de Trianon a Hungria foi reduzida a 1/3 do seu tamanho original e as populações destes 2/3 de território perdido se tornaram, do dia para a noite, cidadãos romenos, tcheco-eslovacos, iugoslavos ou austríacos. A insatisfação com a nova realidade fez com que muitas pessoas deixassem seus “novos” países e procurassem novos locais pra viver. O Brasil, neste momento, pareceu uma boa oportunidade já que havia várias fazendas de café oferecendo trabalho aos imigrantes e a maioria dos húngaros era de áreas rurais.
Darcy Brito
Enviado por Darcy Brito em 20/09/2015
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